" Arrependimento / da estante

sábado, 28 de abril de 2012

Arrependimento


Sabe, eu estive pensando muito bem, nem sei porque te conto minhas centelhas, mas é que às vezes preciso de um amigo, de um ombro. Não acho justo o que fazes, me pisar desta forma não vai te ajudar em nada. Tenho tido pesadelos, sempre estás presente. Eu gostaria de dizer que não preciso de você, mas não dá. Nunca imaginei tua importância em mim, mesmo sendo como és, o tempo passa tão rápido que eu nem me dei conta de que não estavas mais, talvez porque em meu interior já estavas como punhal. Volte quando puder, tua ausência me causa um vazio sem tamanho. Não sei onde estás, me manda um sinal, porque tua luz é o que me significa, sabes bem, estive sem luz por esse longo tempo.
Vez ou outra sinto falta do que poderia ter sido e não foi, sinto sua falta, depois me arrependo do que fiz e não do que deixei de fazer. Fostes boa parte de mim, pior que continuas sendo, mesmo quando a pureza nos servia. Tentou abrir meus olhos para o mundo mas eu quem os abri pra você. Quando me vem as sensações lembro de que não pudesses me machucar mais. Saudade é um martírio e quando é assim, quando a dor é intensa assim, até mesmo quando é bom senti-la, para provar o quanto fraca sou e que era para ser bem pior e foi.

Nenhum comentário

Postar um comentário

© da estante
Maira Gall