Resplandecendo as luzes por agora
Retirando o turvo, o obscuro
Após a noite transcendendo alguma aurora.
Acolhendo em abandono, não triste
O seu peito ensurdecendo a voz
Abordando um verso antigo, em riste
de pasma virtude, algoz.
Um tédio colosso, piongo, esmo...
Um mundo musgo, visto inverso, velho...Vesgo.
Esperando uma mescla recordação, meses
Frutos frustrando na estação.
No sol-espírito donde aqui se vê,
Ouve-se o coro de querubins a espairecer.
Ludibriando amargas esperas
Invadindo juntos celestes esferas
Como o céu, que canta um infinito, o Pégaso
o ocaso, eclipse, saudade, grito, raso.
E os atrozes medos vorazes
vão perdendo o segredo aturdido.
Como voos velozes das aves
que cantam em terno alarido
O orgulho que encara a sensação
e engasga a tremenda exortação.
Outrora os sonhos haverão de ressurgir
como o tal horizonte que se verte por aqui.