" Habituée / da estante

terça-feira, 5 de abril de 2011

Habituée

De repente fez-se assim.
De um amarelo sorriso tridental eu vi.
Em tudo que cabe no poema, já não cabe aos olhos de quem vê.
Tenência aos lábios de quem lê. Observáveis laços da mente pura , chama.
De repente fez-se assim.
De ter que criar mil coisas num poema sarcástico, criar impulsão imediata, cérebro impaciente de elástico em farpas, seria mais fácil, assim, eu poderia pensar essas mil coisas de uma só vez, e se eu pensasse mil e uma, talvez não lembrasse os instantes como não lembro agora, e como não pensar.
Hegemonia do poema vicioso, agonia num presságio tenebroso.
Foi de repente, que tudo fez-se assim, em ti, em mim.

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