" nada / da estante

quinta-feira, 8 de julho de 2010

nada


Estar por engano
me contorcer
pelo que não há.
E está. Se será?

Minha frases vão estar
na tua língua,
à míngua. 
Teus olhos fixaram a luz
que guarda os versos
e as rimas.

Fica a guardar meu eu
que vou estar nos teus pesadelos
tu vai pedir socorro
vai gritar e, aos apelos,
eu vou te atender, 
tu vai buscar consolo em mim.

E, assim, no fim, vou te esconder,
vou te fazer dormir.

Na coberta, acordar
e olhar para os lados
não existe nada (sem nada)
era só miragem, aguçada
assustada
Do lado de fora, o nada.

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