" Aquele / da estante

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Aquele



Aquele que transcende
para o inesperado, aguçado,
temperado. 
Das pitadas de
afagos alastrados.


Aquele que esverdeia
os teus assustados olhos.
Aquele que procura
teus caminhos nos atalhos.


Na cantina dos sentidos,
deferindo teu poder. Te altera
num piscar, sem estancar, 
te apodrecer.

Com os olhos já verdes
iluminados nas pegadas.
Tendo-as pequenas
nas traçadas laminadas.

E depreciam a virtude
do vazio interior,
trazendo-o aturdido como aberto
ao calor.
O tal subestimado sentimento
do amor.

Estampado na cara,
de ter, não esconder.
Idiotismo doce com
insígne prazer. Descobrir
o enterrado, que sobrou
no mais afundo,
enterrando a solidão
que dominava o próprio mundo.

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