" Silente / da estante

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Silente

É possível olhar para o escuro e enxergar bem mais que a escuridão, é preciso que enxerguem o que há, só preciso que vejam, não que sintam, é meu, eu me encarrego de sentir, mas não impossível de ver mesmo que não se mostre nítido.

Saber o que é estar dentro de um baú fechado e sentir algo se desfazer, desmanchar onde não deve ser desmanchado. Doer tudo se tornou necessário. Sinto e sinto cada sopro, culpa por estar sensível a cada passo e palavra dita. Quando os ventos sopram mais fortes e os ruídos soam, sobrevoa as nuvens negras e aqui, bem no fundo, chove. O silêncio ainda habita, não sei até onde ele pode dizer. Desculpo-me por sentir tanta culpa, mas que poso fazer? Sinto muito, não dá para não ser.

Nenhum comentário

Postar um comentário

© da estante
Maira Gall