" Cedência... O pranto que deságua no mar... / da estante

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Cedência... O pranto que deságua no mar...

Meus pés sentem o chão ceder, meu coração a cada batida faz sinal que quer saltar do que o prende.
Lágrimas de sangue escorrem a cada fresta. Será a tinta que me envolve?
Rasga-me a sensação de todo sofrimento, toda solidão, todo desespero numa oração.
Toda agonia repelindo...
Há algo fora do comum, do que é aceitável, em mim criado constantemente num ritmo angustiante.
Clareia-me a visão do que é finito e distante. E, esse "eu" não compreende, não se contenta em ouvir apenas o que soa errante, consequência do que trago amargo, indefinidamente.
Aos versos eu canto a confidência pelo que tenho me afirmado, isolado por estranha e leve essência que enleia o meu choro derramado.
Estive pronto para ser ensaiado, como cântico composto e não cantado.
Tenho aqui um engasgo, entalado, do que em mim soa longe, inacabado.

2 comentários

  1. Momentos de desânimo, momentos em que só nós nos poderemos salvar!
    A amargura toma conta de nós...

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  2. Imagem e texto belíssimos.

    Joana,
    Feliz Natal e um Novo Ano de Luz, Paz e Amor pra vc!
    Beijos :)
    Nádia

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